As vitrines minimalistas estão sempre presentes nos cenários urbanos. Existem marcas que carregam em seus DNAs esta característica de design e comportamento. Então, é natural que suas lojas se comuniquem com seus consumidores através de vitrines minimalistas também. Mas existem marcas que em alguns momentos se apropriam desta linguagem. Elas apresentam soluções de design minimalista em coleções de roupas, acessórios, refazem seus espaços com design de interiores minimalistas e com vitrines minimalistas. Isto porque a vitrine consegue comunicar com muita eficiência os movimentos de uma marca, pois ela expande para o espaço externo o conceito visual praticado.
Esta estética e as vitrines minimalistas são resultado de um gosto que vem se tornando presente já faz tempo. Faz aproximadamente 01 década! No começo dos anos 2000 muito se falava em “design clean” e minimalismo. Mas vamos rapidamente entender a origem de tudo….
Entendendo um pouquinho: de onde vem o conceito das vitrines minimalistas
Minimalismo foi um movimento de arte visual no pós-Segunda Guerra Mundial que surgiu como uma reação às cores caóticas e à subjetividade. Era uma necessidade de “colocar ordem” nas coisas depois do contexto da guerra. Foi fortemente influenciado pelo famoso movimento de arte alemão Bauhaus e pelo movimento holandês De Stijl. Então, o movimento minimal se concentrou no design simples e funcional. Na arte visual o minimalismo é caracterizado por paletas monocromáticas, elementos geométricos e materiais industriais.
“Menos é mais” é uma frase do arquiteto Mies van der Rohe, arquiteto alemão naturalizado americano, do movimento modernista que ocorreu na primeira metade do século XX. Como estas ondas de estética, conceito e estilo de vida abarcam toda a extensão de comportamento e contaminam todas as áreas, é fato que a linguagem sai do gráfico e das artes visuais e vai para os produtos de consumo. Por isso, sai do papel e do universo 2D para o 3D. Podemos apreciar arquitetura, móveis, interiores e vitrines também.
Vale dar uma pesquisada na arquitetura moderna, no que foi a escola Bauhaus e o movimento De Stijl e entender a fonte da inspiração atual.
Minimalismo como estratégia
Vindo do começo do século XX e aterrissando no começo do século XXI, a linguagem minimalista agrada as novas gerações. Segundo o canal de tendências Shutterstock, muitas marcas estão adotando o estilo e mudando o visual para se aproximarem dos consumidores: “se tem um único estilo que ilustra a recente identidade do modelo de negócio D2C (Direct to Consumer, onde as indústrias atendem diretamente o consumidor final, grande tendência para marcas consolidadas) é o seguinte: tipografia sem serifa, cores e cenários sólidos e chapados, layouts equilibrados e texturas naturais. Provavelmente você já viu esta estética no seu Instagram ou no feed do Pinterest, ou você comprou de alguma marca que utiliza esta linguagem super minimalista como atrativo”.
“Foi um movimento começado em 2014 pelo re-design da marca Airbnb, então chamada de “startup minimalista” e fez com que várias marcas seguissem a estética, principalmente as que praticam o D2C”. Mas quem já viveu um pouquinho mais se lembra da Apple nos anos 90: o minimalismo já era característica forte da marca em 1998 quando lançou o iMac de mesa G3.
Perceba a apropriação desta linguagem visual por parte das marcas:
É possível ver a forte presença desta linguagem online e nas mídias sociais, e isto é estratégico. Devido ao tamanho das telas dos smartphones não é funcional ou conveniente que as imagens sejam compostas por vários elementos. Para evidenciar o produto em questão e facilitar a rápida leitura nada melhor do que “menos”. E mais “close”. Fotos com alta resolução, muitos detalhes e cortes interessantes resultam em composições minimalistas e que evidenciam o produto.
O mesmo acontece com as vitrines minimalistas. Um elemento forte como símbolo ou decoração atrai o olhar. E em seguida leva os olhos para a leitura dos produtos as serem vendidos. Ótima estratégia. Tanto no mundo físico como no digital.
E como tudo que é muito praticado, o minimalismo caiu no gosto das novas gerações. O minimalismo da decoração e arquitetura nórdica não pode deixar de ser citado.
Enfim, o minimalismo é uma tendência para a comunicação e design. E ela aproxima a marca dos consumidores, principalmente da Geração Y e Z. Segundo o canal de tendências WGSN é uma das 20 tendências para este ano!
Então, se a sua campanha ou produto permitirem o uso de vitrines minimalistas, vá em frente! E atraia muitos olhares.
Para contextualizar o texto e as vitrines que vemos por aí e tanto amamos, apresentamos algumas fotos para servirem de inspiração. Divirta-se!
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