Home Curiosidade Lojistas promovem ‘desfiles’ de manequins ambulantes no meio da rua no Centro de Manaus

Lojistas promovem ‘desfiles’ de manequins ambulantes no meio da rua no Centro de Manaus

novembro 17, 2014

 

“Nada no chão! A regra é clara. Mas pode ficar no ar”. Essa é a justificativa dos lojistas questionados sobre a nova “modalidade” de vendas dos produtos em frente às lojas, em ruas do Centro, Zona Sul.

Depois que os camelôs foram retirados das ruas e calçadas do Centro e realocados nas galerias Espírito Santo e dos Remédios, as calçadas ficaram livres para os pedestes, mas, nos últimos dias, vinham sendo ocupadas por lojistas, que colocavam araras, cavaletes e expositores de roupas no passeio público. Ontem, temendo a fiscalização, mas também a queda nas vendas, muitos resolveram tirar os expositores das calçadas e inovar, com manequins ambulantes, que circulam por entre os pedestres como os tradicionais bonecos do Carnaval de Olinda, em Pernambuco.

Para o gerente de uma loja localizada na avenida 7 de Setembro, vale tudo para chamar a atenção dos clientes. Até carregar manequins na cabeça pelas calçadas, desafiando a gravidade e o equilíbrio, fazendo, até mesmo, passos de dança por entre os pedestres. De acordo com o gerente, essa foi a forma encontrada de atrair os clientes. Apesar de acreditar que a atividade não é ilegal, ele não quis ser identificado. “Só não pode ficar no chão, mas no alto tudo pode, e assim não estou burlando a lei. Meus vendedores não ficam parados, eles se movimentam o tempo todo na calçada, são como pedestres”, afirmou.

Alguns lojistas afirmaram que a medida foi uma forma de “aproveitar” o espaço livre nas calçadas, com a saída dos camelôs, colocando vendedores nas ruas. Na loja Yan Confecções, vendedores usam cabides de roupas penduradas pelo corpo com várias peças como mostruário e, na calçada, convidam as pessoas a entrarem na loja. “Com as mercadorias nas mãos, os vendedores podem exibí-las para quem está passando pela rua e, assim, as pessoas se interessam, entram e podem ficar à vontade para realizar as compras”, disse a gerente da Yan confecções, Sandra Lira, 40.

Por Perla Soares – A Crítica – De Manaus

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